O episódio 8 de Zombieland Saga realmente deu o que falar, mas além do impacto e alvoroço causado pelo fato da Lilly ser trans, foi um ótimo episódio, construído na medida para emocionar todo mundo.
Eu já apresentei o projeto Café com Anime anteriormente, mas para os desavisados, eu, Gato de Ulthar, juntamente com outros amigos blogueiros, estamos realizando análises semanais de animes da temporada, a medida que os episódios forem saindo, tudo em forma de conversa entre os participantes. Nesta temporada, o Dissidência Pop ficou responsável por publicar nossas conversas sobre o anime Zombieland Saga, enquanto o É Só Um Desenho, desta vez, ficou responsável pelo anime Yagate Kini no Naru, o shoujo-ai da temporada. Já o Finisgeekis cobrirá o anime Irozuku Sekai no Ashita Kara, um primor visual com toques de magia bem sutis. E no Anime21, continuaremos com nossas discussões sobre Banana Fish, adaptação de um mangá clássico dos anos 80.
Gato de Ulthar
Parece que Zombieland Saga mirou no “feels” e acertou em cheio. Pois é, acabou-se mesmo a comédia despretensiosa e temos um anime ao estilo de Angel Beats, comédia e “feels” e mais “feels”, “feels” e feels”.
Só que Zombieland vais mais além que o mencionado anime, mostrando mais coerência devido a boa direção e o elenco bem menor.
Mas isso não é tudo, devo dizer que raras vezes vi situações tão absurdas poderem ser tão emocionantes, quem em sã consciência poderia imaginar que a Lilly teria um pai daqueles? E que ela teria morrido do coração por culpa de um pelo facial (isso explicaria o coração para fora do corpo)? E a cereja do bolo, a Lilly nasceu como menino, pelo menos entendi desta forma, embora haja uma discussão sobre na internet, como no Reddit.
Não vou me estender por aqui, mas uma série de coisas vou querer conversar com vocês mais para frente, então digam o que acharam desse episódio, e rápido, pois estou ansioso para dar início a este Café com Anime!
Fábio “Mexicano”
Para mim essa “discussão” sobre o que a natureza da Lily é coisa de quem está procurando pelo não no rosto dela, mas em ovo, para negar o óbvio.
– Ela se orgulhava de se parecer com a mãe
– Tinha nome de menino
– Não queria crescer para não ficar parecida com o pai
Biologicamente Lily nasceu Masao, um garoto. Mas ela se identifica como uma garota, por isso tanta angústia crescendo e desenvolvendo características sexuais masculinas. Ela é uma garota transexual. Nenhuma outra explicação é tão simples quanto essa.
– Entrou em choque no começo da puberdade, com pelos nas pernas e um pelo no rosto
Fábio “Mexicano”
Talvez explique também porque a mania da Saki em chamar a Lily de “feiosa”. Por tudo o que podemos ver, a estética anime não nos permite concluir que ela seja mais ou menos bonita do que as demais. Mas talvez ela tenha o rosto e outras características físicas mais masculinas, por isso a Saki a acha “feia”.
Gato de Ulthar
Também estão discutindo bastante a maneira da Saki agir com ela, e os termos que usou, que seriam um tanto “preconceituosos”, mas que seriam um reflexo da sua época e do seu modo de vida. Este episódio deu o que falar realmente. E o Koutarou provavelmente sabia deste segredo da Lilly, isso dá margem para bastante coisa.
Diego
“Provavelmente” não, foram perguntar e ele disse que sabia (e logo depois falou que não importava, chutou todo mundo pra fora da sala e falou que se tinham tempo pra se preocupar com isso que fossem trabalhar. Melhor pessoa).
Sobre o episódio: aparentemente Zombieland quer ser aquele anime “venha pela comédia, fique pelo feels”. O preview já indica que o próximo episódio será da Saki, e depois dos últimos dois acho que podemos esperar mais feels. E com quatro episódios faltando e quatro garotas pra explorar, é fácil de fazer as contas. Embora um formato do tipo me preocupe, dada a possibilidade de não sobrar espaço para integrar bem o Koutaro. Como ele reviveu elas? Por que elas em específico? O objetivo dele é mesmo só revitalizar Saga? Eu realmente espero que não deixem todas essas perguntas de lado…
Hum, eu disse que ia falar “sobre o episódio” e não falei, né? Foi muito bom, e com certeza o mais feels até aqui. Eu fui pra ele já tendo o spoiler de que a Lily era trans (valeu, internet…), então desde o começo eu já logo pensei que o grandalhão fosse o pai dela. Por conta disso não tive nenhuma maior surpresa aqui, em termos de plot, mas a execução foi ótima, com um final bastante tocante. E impressão minha ou foi o melhor CG que tivemos até o momento? Talvez a ideia de que irão melhorar conforme as próprias garotas melhoram seja verdadeira, afinal.
Poxa, acabamos de comentar que Zombieland flertava com Angel Beats e ele corta as cebolas. Acho que o velho ditado tem um fundo de verdade: deseje as coisas fortes o suficiente que elas de fato acontecem.
E preciso agradecer a vocês pela luz A transexualidade da Lily me passou completamente batida assistindo ao episódio. Em parte porque o character design não fez o menor esforço de sugerir androginia. Em parte porque a mudança mais óbvia que espero de uma idol trans (a mudança da voz) não aconteceu. Mas de fato coloca sua morte sob uma outra ótica.
Diego
Eu fico em dúvida se teria “pego” caso já não tivesse o spoiler. Mas acho que a Sakura falando que a Lilly costuma se chamar “masao-kun” seria a pista mais óbvia.
Gato de Ulthar
Me pergunto se o Koutarou sabia desta questão sobre a Lilly. Pois é curioso pensar o quanto ele sabe sobre o passado das garotas. Mas talvez essa seja uma incógnita até o final do anime. O que me dizem?
Fábio “Mexicano”
Eu “peguei” só na hora que a Sakura falou o nome também. Mas não vejo problema nenhum: a transexualidade da Lily é só uma característica dela, e foi em parte o que levou a sua morte (por ansiedade e choque), mas não é, nem de longe, o “problema” do episódio, não é algo debatido no episódio. Ela é e ponto. Nem o pai dela nunca se importou com isso. Por que nós deveríamos nos importar? O episódio em si tratou do luto, e nesse caso tanto faz ela ser ou não transexual.
E bom, sabendo do passado ou não, o Koutarou com certeza conhece os corpos das garotas, né? A Lily é uma transexual que não passou por transição nenhuma, então…
Gato de Ulthar
O fato da Lilly ser trans não é realmente o foco do episódio, mas é algo que dá o que falar, e os produtores do anime sabiam disso quando inseriram este elemento, e tinham a plena consciência que esse elemento seria o que mais chamaria a atenção. Tanto é que na internet esse tema eclipsou todo o resto do episódio, o que é uma pena. Vi até afirmarem que o pijama da Sakura era uma alusão à bandeira trans só pelo padrão de cores, o que é um exagero, e duvido muito que a produção tenha de preocupado com esse tipo de detalhe.
Fábio “Mexicano”
Olha, as bandeiras dos movimentos são muito conhecidas, se as cores realmente forem as mesmas eu não duvidaria não.
Quero dizer, se deram ao trabalho de criar a personagem assim em primeiro lugar, né?
Gato de Ulthar
Olhando por esse lado, quem sabe né?
Fábio “Mexicano”
Pois é. Era uma coisa que eu nem tinha pensado porque não fui tão detalhista, mas obrigado pela dica, vou dar uma olhada depois antes de escrever o artigo no meu blog
Gato de Ulthar
De nada. Só não coloco a imagem aqui pó que estou no celular e é um tanto complicado executar essa tarefa.
Não que essas três cores sejam incomuns em pijama, mas enfim.
Fábio “Mexicano”
Quanto à Lily, não, nenhuma das roupas que ela usa (quando morava com o pai, o pijama ou a roupa casual de zumbi dela agora, ou o uniforme idol) tem essas cores em destaque. Só a titulo de curiosidade, o pijama da Sakura tem listras branca, rosinha e azulzinha nas pernas, mas essas são as cores da personagem mesmo (ela usa um laço no cabelo nesses tons de rosa e azul), então não tem nada a ver, mas fique aí o registro, já que perdi meu tempo procurando:
A não ser que o pijama da Sakura esteja mudando de cor a cada episódio para servir de “pista” para alguma coisa, mas não vou olhar nos demais episódios agora
Vinicius Marino
Até eu já tive pijama dessa cor, então faço coro ao Gato: acho que é um exagero interpretativo.
Fábio “Mexicano”
Se o pijama da Sakura estiver mudando a cada episódio e se conseguirmos vincular essas mudanças ao enredo de cada episódio, então não seria exagero Mas isso é uma hipótese que não estou com vontade de testar agora.
De todo modo, estamos discutindo de montão o que foi sim importante no episódio, mas foi um detalhe. A transexualidade da Lily foi tratada como algo natural e a história continuou. Uma história sobre luto.
Fábio “Mexicano”
Ok, hipótese abandonada.
Não botava fé nela mesmo.
Como eu disse, são as cores da Sakura, ela tem como marca registrada um laço nessas mesmas cores, com bolinhas.
Diego
Enquanto eu entendo o ponto do Gato, e concordo que o elemento da transexualidade da Lily foi colocado ali com os produtores sabendo a repercussão que teria, eu também concordo com o Fábio que não é um elemento lá muito relevante, e que resumir a discussão a ele traz inclusive o problema de cegar para os aspectos que foram de fato o foco aqui, que foi a relação da Lily com o pai.
Fábio “Mexicano”
Como a vida artística pesa, especialmente para crianças, tem muita coisa nesse episódio
E ele era um pai incrível que amava a sua filha. Nem todos os pais são assim, para muitos seus filhos celebridades são só uma galinha dos ovos de ouro mesmo.
Diego
Ele amava, mas ainda assim se cegou para o que estava fazendo com a filha. Ficou deslumbrado, e pagou um preço caríssimo por isso. No começo, eu achei a Lilly morrer “de choque” apenas um momento “pff, anime…”, uma morte meio boba frente as duas anteriores. Mas com o flashback… Vemos que além da disforia de gênero e da entrada na puberdade, a garota ainda tava trabalhando ao ponto de criar orelhas. Ela com certeza não estava bem, e no fim a morte dela soa até crível – e extremamente trágica.
Fábio “Mexicano”
Um ataque cardíaco fulminante provocado pelo estresse combinado da relação desgastada com o pai e angústia de estar entrando na puberdade e começando a desenvolver características sexuais secundárias masculinas, sendo a descoberta do primeiro pelo no rosto a gota dágua. Dado o cenário exagerado com o qual trabalhamos, é verossímil sim.
E veja só, ela morreu do coração e tem o coração pra fora do corpo.
A Sakura, que provavelmente morreu de traumatismo craniano depois de ser atropelada, tem uma cicatriz horrível na cabeça (e amnésia). A Ai morreu eletrocutada, e tem o corpo todo enfaixado, como uma vítima de queimaduras. A Junko morreu em acidente de avião e seu corpo é todo costurado, como se tivesse se estraçalhado.
DiegoÚltimo
Pessoal no reddit estava teorizando que a mãe talvez tivesse morrido de alguma doença congênita do coração, que poderia ter passado pra filha, agravando ainda mais a situação toda. Não sei se há fundamento pra teoria, mas é no mínimo interessante.
Fábio “Mexicano”
Ah, isso daí já é pensar demais, eu ignoro
Gato de Ulthar
Mas pensando bem, essa introdução desse elemento da transexualidade da Lilly foi um bom negócio? Tanto é que o restante do episódio, que foi ótimo, ficou um tanto eclipsado por esse fato, vide sua repercussão já mencionada. No meu ponto de vista não foi ruim não, e chamou mais atenção ao anime, o que por si só é uma coisa boa, mesmo que todo o “feels” poderia ter sido presentado sem isso. O que acham?
Fábio “Mexicano”
Em termos de repercussão parece ter acontecido isso mesmo, mas o que está no episódio não muda e acho que todo mundo entendeu bem. É só que a questão do luto, das durezas particulares que crianças artistas passam, e outros, mais centrais no episódio, são pontos pacíficos, não há polêmica nenhuma, além de ter sido tratado de forma bastante melodramática. Ninguém vai discutir essas coisas mesmo, mas acho que todo mundo entendeu, é o que importa.
Diego
Concordo com o Fábio. Não foi negativo, e diria ainda que nenhuma história deveria incluir ou deixar de incluir um elemento pensando se ele eclipsaria outros ou não. Até porque, não se controla completamente a repercussão de uma obra, e elementos que o autor talvez não achasse tão chamativos acabam caindo na boca do povo (mas não que eu ache que este seja um desses casos).
Vinicius Marino
Eu discordo do Diego em teoria. Acho que autores devem, no geral, ter cuidado com os temas que inserem nas suas obras. O risco é de parecer leviano, “tokenista” ou pior, apelativo. Você vê isso muito emhistórias que lidam com tragédia. Muitas vezes, a menção de um episódio específico entra apenas como fator de choque, barateando o resto. Com o Holocausto, esse problema ficou tão frequente que ganhou até um nome: holocaustpoitation.
Mas apenas em teoria, pois nada disso a gente encontra em Zombieland. O twist da Lily não foi um “mau” negócio, embora de fato essa repercussão traga o risco de eclipsar todo o restante do anime. O que é uma pena, pois Zombieland traz muita coisa de interessante.
De nossa parte, acho que podemos contribuir para não alimentar a histeria e lembrar os outros destaques do episódio. Nesse sentido, gostaria de trazer uma das primeiras coisas que passaram pela minha cabeça quando o estava assistindo.
Primeiro porque ela era completamente transparente. É uma feiosa, logo deve ser má. Segundo porque fazer um episódio pra dizer isso me parecia cruel. Ninguém tem culpa de ser feio.
O episódio dessa semana de Zombieland virou isso do avesso. O pai da Lily tinha toda a pinta de brucutu ex-presidiário ( com direito a uma cicatriz cruzando o olho!) Mas se revelou uma pessoa doce, atenciosa, tolerante com identidade da filha.
Fábio “Mexicano”
É o clichê do gigante gentil. Completo, com os demais ficando com medo dele inicialmente, a Saki atacando ele por achar que é maligno, etc.
Diego
É um caso onde os dois extremos são clichê. Ou vai na do exterior que prenuncia o interior, ou vai na linha do não julgar um livro pela capa. Ao menos para todos os efeitos o segundo é um clichê bem mais positivo.
Fábio “Mexicano”
O caso da modelo é realmente ruim porque os personagens reconhecem que ela é feia e têm medo dela, mas usam esse raciocínio (“não julgue um livro pela capa”) para não correrem o risco de serem preconceituosos com ela. No final das contas eles estavam errados: ela é tão maligna quanto sua feiúra sugere.
Vinicius Marino
Sou um cara grandão. Tenho um apreço particular por esse cliché.
Gato de Ulthar
Já que chegamos na conclusão de que o elemento da Lilly ser trans não prejudica o anime e que é uma inclusão interessante, vamos falar das outras (muitas) coisas boas do episódio.
Isso a gente já falou por aqui antes, mas era só uma suposição, da qualidade do CG ir ficando cada vez melhor a medida que as garotas ficam melhores tecnicamente. Acho que depois desse episódio ficou bem claro que é isso mesmo, a não ser que alguém tenha algum argumento ao contrário. E devo mencionar que isso foi simplesmente genial, não lembro de ter visto nada parecido em outro anime e não me lembro nem em outros meios ficcionais. Assim sendo, falando francamente, o que acharam desse artifício?
Diego
Eu to batendo palmas pra ele desde o primeiro episódio delas dançando na rua com um CG horrível No começo eu achava que seria só aquela instância, uma paródia de como animes como Love Live e Idolmaster lidam com as performances de suas idols, e talvez tenha sido mesmo, mas decidiram aproveitar também para mostrar visualmente a melhora das personagens. Por exemplo, no episódio passado, em que tivemos o show: começamos com um CG bem ruim, e até a plateia comenta como as meninas estavam tensas e “robóticas”. Mas uma vez que a Ai se acalma e conseguem cantar bem, o CG melhora consideravelmente. Tenho esperanças de ainda finalizarmos com uma apresentação totalmente 2D
Fábio “Mexicano”
No episódio final irão aparecer as próprias dubladoras cantando
Vinicius Marino
Pior que eu não duvido nada. Parece o tipo de coisa que esse anime faria.
Se elas cantarem o jingle do restaurante de frango eu dou pulinhos de alegria
Gato de Ulthar
Mudando mais uma vez de assunto, no próximo episódio teremos, pelo menos o que sugere o preview do próximo episódio, um inteiro focado na Saki. Então, como vocês acham que deve ser episódio? Será que nos emocionaremos como esse da Lilly? E já emendo outra pergunta, será que o anime tratará todas as garotas individualmente? Se for isso, penso que a Tae será deixada por último, justamente para resolver todo o mistério do anime, o que acham?
Fábio “Mexicano”
Ou a Tae ou a Sakura ficam por último. A amnésia dela já me é quase tão suspeita quanto a peculiaridade da Tae. E o que quer que haja para revelar sobre o Koutarou e sobre zumbis fica pro final também, junto com qualquer uma das duas.
Diego
Concordo plenamente com o Fábio, embora apostaria minhas fichas na Sakura ficando por último mesmo, isso se as duas não forem trabalhadas juntas, em adição ainda com o Koutaro.
Fábio “Mexicano”
E o cachorro, não esqueçam o cachorro. Se a Tae fosse uns 5 anos mais velha (ela morreu com 29 anos) eu apostaria que eles todos eram uma família. Se bem que não sabemos, a mãe da Sakura pode ter morrido anos antes do anime começar, né.
Fábio “Mexicano”
(Gente, quase uma aqui vira a Ai da vida real: https://web.facebook.com/zapiranduba/videos/415281665674566/)
Vinicius Marino
Acho que não devemos aposentar os lencinhos tão cedo. A Saki já deu várias pistas ao longo do anime de que sua história dá pano pra manga.
Em especial, de todas as zumbis ela é a que menos se desapegou de seus laços terrenos. Ela possui uma relação de camaradagem forte com seu grupo de motociclistas e uma sensação ainda maior de pertencimento à cidade de Saga. Se a catarse da Lily é alguma referência, Zombieland está batendo na mesma tecla de Angel Beats, explorando nossa relação com o luto e com a morte.
E o mais importante do luto – em quase todas as culturas, mas no budismo em particular – é saber “largar o osso” e aceitar a inexorabilidade do destino. Não vejo a Saki fazendo isso com tanta facilidade, de onde espero muitas lágrimas.
Gato de Ulthar
O interessante sobre a Saki também, é que se ela encontrar suas antigas companheiras de motociclismo, todas já estarão bem mais velhas, pois esse movimento das gangues de motocicletas femininas das Sukeban japonesas teve seu auge nos anos 80. Imagina ela descobrir que suas companheiras viraram donas de casa com filhos e até netos, ou trabalhadores dedicadas, em alguma empresa, pois essa rebeldia juvenil foi uma fase passageira na grande maioria dos casos, enquanto a Saki parou no tempo, um fóssil de uma era rebelde que não existe mal. Esse é um conflito interno que dá pano para a manga, e espero que Zombieland Saga aproveitem isso, não acham?
Diego
Eu totalmente espero que vamos chorar em todos os backstories daqui pra frente (bom, talvez não no da Sakura ). E imagino mesmo que o conflito da Saki virá muito de ver que o mudo não é mais o mesmo. Ou melhor: que Saga não é mais a mesma que era durante o seu tempo.
Fábio “Mexicano”
“Largar o osso” e zumbis não combinam nem um pouco, né? E em vários momentos elas fazem questão de se perguntar o que é um zumbi, o que elas são. Não descarto que seja uma condição passageira e que no final do anime sejamos ainda mais torturados. O que elas estão fazendo agora, guiadas pelo Koutarou, não é muito diferente de tantas histórias em tantos animes e outras mídias de mortos que precisam resolver seus assuntos terrenos antes de passar para a próxima vida.
Diego
Ah, nesse ponto eu tenho certeza que o anime ainda vai terminar com elas morrendo de vez. Embora seria engraçado elas continuarem ai como zumbis mesmo.
Vinicius Marino
Se a Sakura não nos trouxer um backstory choroso as semelhanças com Angel Beats ficariam ainda mais gritantes. Pois ela se tornaria de fato um segundo Otonashi, um “ponto fora da curva” capaz de ajudar e refletir sobre as outras garotas.
Fábio “Mexicano”
Otonashi, é? Curiosidade: lembrei desse sobrenome de Maison Ikkoku, no qual os sobrenomes das personagens todas têm significado (são todos números, noutra ocasião adequada talvez eu explique melhor), e a protagonista se chama Kyoko Otonashi. É o mesmo Otonashi (音無), e significa “silencioso”. Não assisti Angel Beats, mas imagino se possa ter significado no contexto também.
Gato de Ulthar
Pois é, Zombieland Saga parece que desceu a ladeira o feels com força, então melhor já estocarmos os lencinhos e até o próximo episódio.