Yokohama Kaidashi Kikou – O amor pela impermanência e o “mono-no-aware”.

Existem algumas obras, seja de que mídia for, livros, filmes, animes, etc., que surpreendem pela simplicidade, onde a ausência de ação, reviravoltas e uma linha narrativa clara é o que as fazem especiais. Esse é o caso dos animes/mangás slice of life, que como o próprio nome indica, nos fornecem uma “fatia” do cotidiano. Como todos os gêneros, existem exemplos de obras que se destacam positivamente, como no caso, Yokohama Kaidashi Kikou.

Contudo, não é por se tratar de um slice of life que somos obrigados a ter uma representação realista do mundo que nos cerca, a inovação ficcional é bem vinda, podemos ter todo tipo de ambientação e personagens, e no presente caso temos o dia-a-dia de uma androide que toma conta de um pequeno café em um Japão pós-apocalíptico, onde o nível dos mares subiu vertiginosamente e encobriu a maioria das áreas habitáveis, transformando o que sobrou do arquipélago japonês em uma grande área rural. Um verdadeiro retorno ao passado, com a retomada do uso de tecnologias antigas. 

Pois bem, antes de começar a análise da obra propriamente dita, vamos analisar os aspectos técnicos e de produção das animações. Primeiramente, para deixar claro, o presente texto vai abordar apenas os OVAs (Original Video Animations) de Yokohama Kaidashi Kikou, e eu não li o mangá original ainda, embora tenha muito interesse. Ou seja, tenham em mente que a minha análise será de alguém que só conheceu as duas séries de OVAs e não leva em consideração nenhum elemento ou conteúdo do mangá, nem será realizada nenhuma forma de comparação entre as duas mídias.

Yokohama Kaidashi Kikou trata-se originalmente de uma série de mangá publicada de 1994 até 2006, composta por 14 volumes, de autoria do mangaká Hitoshi Ashinano. Este mangá, premiado em 2007 no Seiun Award como melhor mangá de ficção científica, recebeu duas séries de animações em OVA, cada uma delas contendo dois episódios. A primeira, chamada com o título homônimo de Yokohama Kaidashi Kikou, teve os seus episódios lançados em 21 de maio de 1998 e 2 de dezembro de 1998. A segunda, Yokohama Kaidashi Kikou: Quiet Country Cafe, teve seus episódios lançados em 18 de dezembro de 2002 e 05 de março de 2003.

Ou seja, ambas as séries de OVAs foram produzidas antes do encerramento do mangá. Outra informação interessante é as séries foram produzidas pelo mesmo estúdio, Ajia-Do, o mesmo que produziu séries como o recente Kakushigoto, e outros animes como  Shuumatsu no Izetta e Honzuki no Gekokujou, além, claro, do OVA de Spirit of Wonder, que já recebeu um texto aqui no Dissidência Pop. Também é digno de nota, que embora se tratando do mesmo estúdio, as animações foram produzidas por produtoras distintas e dirigidas por diretores diferentes, a dos anos 90 foi produzida pela Aniplex e dirigida por Takashi Annou, e a dos anos 2000 produzida pela SME Visual Works e dirigida por Tomomi Mochizuki. 

Só para esclarecer ainda mais uma coisa, o presente texto abrangerá as duas séries de OVAs lançadas, mesmo sendo obras distintas, pois além de serem séries curtíssimas (dois episódios cada), possuem uma sequência narrativa que possibilita serem analisadas em conjunto. Muito embora, possuam diferenças em questões de animação, design dos personagens e cenários.

 

Antes de adentrar em qualquer forma de análise mais aprofundada, vou escrever um pouco sobre do que se trata a obra. Em um mundo pós-apocalíptico de um futuro recente, onde ocorreu uma inundação de várias áreas do Japão, o modo de vida sofre um retrocesso tecnológico, e os sobreviventes passam a levar um modo de vida mais bucólico, a maioria dos grandes prédios virou ruínas, as estradas foram tomadas pela vegetação e a comunicação ficou mais dificultada. Embora a tecnologia tenha regredido, um aspecto da tecnologia avançada ainda se percebe na existência dos androides, como no caso da protagonista da série.

E falando na protagonista, ela se chama Alpha, responsável por cuidar e manter um pequeno café nas cercanias da cidade de Yokohama. O dono do café está fora em virtude uma viagem que parece interminável. Pelo menos na animação nunca vemos ele Aparentemente, o grau de independência de Alpha é gigantesco, e ela pode gerir o estabelecimento como bem entender. Como negócio, o café é um desastre, muito raramente aparece algum cliente, mas mesmo assim, Alpha é sempre gentil e simpática.

Enquanto espera o dono chegar, ela passa o tempo explorando as redondezas com sua scooter amarela, mantendo conversações com os vizinhos, e eventualmente, conhecendo novas pessoas e androides. Ela também é uma exímia tocadora de alaúde e, em certo momento, em virtude de um presente que ganhou, passa a se dedicar à fotografia. No fim das contas, Yokohama Kaidashi Kizou possui um narrativa centrada em Alpha, principalmente no seu dia-a-dia, nas suas conversações e sem sombra de dúvidas, nos seus sentimentos.

O passar do tempo é o elemento mais importante dessa obra, mas não qualquer forma de passar o tempo, mas da maneira que ele transcorre pacificamente e quietamente em um mundo de calmaria, onde parece que toda forma de pressa foi abolida. Não sem razão, o período em que se passa a trama é chamado justamente twilight of the human age, ou seja, o “crepúsculo da humanidade”. Percebe-se claramente que a sociedade moderna está em declínio, a obra não passa nenhuma sensação de melhora ou retorno ao que era antes, mas sim, de uma consolidação de um modo de vida campestre.

Alpha, herdeira da tecnologia pré-catástrofe, é o símbolo máximo dessa mudança de paradigma. Como uma boa androide, ela é praticamente imortal, e quem melhor do que um ser imortal para perceber as nuances do passar do tempo? Alpha, pacientemente, observa dia após dia, prestando atenção em cada mínimo acontecimento e detalhe, é o que seria verdadeiramente desfrutar o presente. E como apreciadores da obra, podemos sentir a inexorabilidade do tempo através dos seus olhos.

O tipo dos androides apresentados da série também os aproxima ao que é o ser humano. Por exemplo, Alpha come, bebe, faz necessidades físicas, dorme, além de realizar quaisquer atividades consideradas “humanas”. Ela se machuca, vai ao hospital, tem memórias e sentimentos. Não fosse isso, Alpha não seria a protagonista correta para este tipo de obra. É justamente essa similaridade com o ser humano que torna tudo tão mais especial. Além disso, os outros androides que aparecem eventualmente, também possuem estas características marcantes.

Como Alpha é uma testemunha viva da passagem de uma era para outra, ela encarna um dos principais conceitos do zen-budismo, a aceitação da transitoriedade e imperfeição de todas as coisas. Através do seus olhos vemos o café deteriorar-se cada vez mais a cada dia que passa, e não só ele, como todas as construções e rodovias, e no seu lugar surgir uma contínua e crescente vegetação. Também olhamos com melancolia os resquícios da tecnologia passada, como as luzes dos postes e das casas que se acendem mesmo estando debaixo d’água. É um espetáculo por vezes triste, mas de uma beleza sem igual.

É justamente sobre encontrar essa beleza no aspecto transitório e efêmero das coisas que se baseia dois conceitos da tradição japonesa que foram muito bem assimilados em Yokohama Kaidashi Kizou, quais sejam: wabi-sabi e mono-no-aware.

Mono-no-aware, é um conceito que pode ser traduzido como uma empatia para com as coisas efêmeras, oriunda dos princípios do budismo zen, que é a principal escola do budismo no Japão, que mescla elementos do budismo clássico com o taoismo. No mono-no-aware a transitoriedade das coisas é um dos seus principais pilares, representado como uma leve tristeza ao contemplarmos a mudança das coisas, mas também uma tristeza prolongada sobre a realidade passageira da vida.

Na literatura japonesa e poesia, o mono-no-aware é um elemento estético que implica essa passagem das coisas, podendo ser representado de várias formas, como por um objeto ou grupo de pessoas. O exemplo mais comum do mono-no-aware são as flores de cerejeira, que florescem por um curto período de tempo todos os anos antes de morrerem. Em Yokohama Kaidashi Kizou, Alpha experiencia esse sentimento de forma constante na sua vida, ao contemplar os resquícios da antiga cidade submersa.

Tem um diálogo de Alpha que exemplifica esta situação e que ficou bem gravado na minha memória. Certa vez ela estava contemplando o pôr-do-sol de um posição elevada e, consequentemente, o início do anoitecer. Na baía onde ela estava era possível vislumbrar parte da cidade submersa. Não sei como funciona a tecnologia no mundo de Yokohama Kaidashi Kizou, mas o caso é que todas as iluminações funcionam de maneira independente e, aparentemente, eterna, pois mesmo os postes e iluminações públicas das áreas submersas ficaram acesos, formando um espetáculo belíssimo.

Alpha, ao contemplar esse cenário de beleza ímpar, ela diz algo assim: “As luzes da cidade agora brilham, pelo único propósito de brilhar”. Como essas luzes perderam a utilidade prática no mundo material, existem agora apenas por existir, sendo úteis em um plano metafísico, ou talvez, como uma obra de arte. E diga-se de passagem, uma arte surgida do passar do tempo e da destruição da sociedade como conhecemos. Além disso, em certo ponto do primeiro episódio da série dos anos 90, é dito para Alpha que “dez anos ou um único dia não vão fazer diferença para você atualmente.” Isso se dá pelo fato de Alpha ser um Androide que vive por tempo indeterminado. É como se ela pudesse realizar o conceito do mono-no-aware de forma perpétua.

 

Expandindo o conceito do mono-no-aware, temos outro conceito japonês que lhe é intimamente complementar, o wabi-sabi, que também teve sua origem no budismo da escola zen, e também faz referência ao aspecto transitório dos seres animados e inanimados, só que consiste especialmente em aceitar e contemplar a beleza do aspecto transitório e imperfeito das coisas. Enquanto o mono-no-aware é o sentimento de melancolia gerado pela passagem das coisas, o wabi-sabi é a contemplação da beleza dessa passagem.

O Wabi-sabi também se manifesta em um estilo artístico que inclui assimetria, irregularidades e simplicidade, bem como a economia dos materiais. Objetos com pequenos defeitos são valorizados nessa escola artística. Mas o wabi-sabi também pode ser manifestado naturalmente quando contemplamos algo defeituoso mas belo, como um velho chalé no campo com trepadeiras crescendo em suas paredes de pedra gastas ou mesmo uma ruína de uma civilização antiga. É comum ver a aplicação do wabi-sabi em animes e filmes japoneses, e Yokohama Kaidashi Kizou, para mim, é o melhor e mais completo exemplo disto.

 

Yokohama Kaidashi Kizou não poupa tempo em enfatizar o wabi-sabi em seu conteúdo. As animações estão cheias de imagens dando foco em espelhos quebrados, construções tomadas pelo matagal, partes de construções tomadas pela água, reflexos em poças, rachaduras, etc. A própria deterioração da estrutura do café é um ponto bem forte nesta direção. Tem uma cena muito interessante onde Alpha está descansando deitada na grama. A cena é de tamanho relaxamento que até uma libélula pousa em sua cabeça. Logo depois ela faz uma observação de que o café necessitaria uma pintura.

O ponto é. Diferentemente da maioria das obras de ficção científica pós-apocalíptica e principalmente nas obras cyberpunk, onde a degradação é feia e suja, em Yokohama Kaidashi Kizou temos um cenário muito bonito, realmente prazeroso de se contemplar. As ruínas da sociedade moderna tomadas pela vida silvestre é um espetáculo da natureza. Tudo isso é fortalecido pelo caráter pacífico deste novo mundo. Aparentemente não há grandes perigos e a vida transcorre pacificamente. O máximo de perigo que vemos Alpha exposta é fruto de ocorrências da própria natureza, como no caso dos tufões, que são um elemento constante na narrativa.

E por falar em tufões, eles exercem uma importância grandiosa para o bom resultado destas animações. Daí temos a inclusão de um elemento de perigo e imediatividade, que quebra o andamento bucólico da obra, mas esta quebra é importante e simbólica. Ela ilustra o conflito interno em Alpha, e, consequentemente, em todas a pessoas. Mesmo neste mundo pacífico e calmo, Alpha possui os seus momentos de medos, incertezas e solidão. Nada é sempre perfeito, e essa inconstância e efemeridade é justamente uma característica de tudo que existe, pois nem o universo é eterno.

Na animação, logo no primeiro episódio, ainda há um outro elemento que destoa e tenta destruir a paz estabelecida. Uma arma, especificamente uma pistola. Não sabemos do que Alpha precisa se proteger, pode ser que no passado ainda houvesse perigos, ou há um medo de surgir um marginal que tente assaltar o café, sei lá. Isso não importa, o que é interessante é que ela não usa a arma para nada, mas mesmo assim ela deixa a cena onde ela aparece mais pesada, como um elemento alienígena. Contudo, logo depois ela a abandona e o objeto nunca mais aparece, inclusive ela passa a utilizar o coldre da pistola para carregar a sua câmera.

Yokohama Kaidashi Kizou também constrói um paralelo eficiente entre os conflitos de Alpha e as intempéries da natureza. Há vários momentos de tempestade, mas há um em específico notadamente marcante. Enquanto o tempo fecha e o vento começa a se fortalecer, fazendo as folhas das árvores voarem e as portas e janelas baterem com força, Alpha está quietamente fazendo um café. Parece que são dois mundos distintos, um de som e fúria e outro de calma e reflexão, e ambos ocorrendo no mesmo instante. É como se a inquietude do mundo exterior não a afetasse de forma decisiva.

Outra característica de Alpha que é derivada dos ensinamentos budistas é que ela não se deixa abater pelos acontecimentos externos e que estão fora do seu alcance. Ou melhor, ela pode até ficar triste e chorar, mas consegue seguir em frente, é o viver o presente, não ficando apegada ao passado. Isso é demonstrado perfeitamente quando o Café Alpha é destruído pelo tufão. Um evento trágico, mas Alpha resolve tocar o seu alaúde e não se desfazer em uma tristeza prolongada. No dia seguinte ela monta um novo estabelecimento a céu aberto.

Percebe-se que ela buscou uma solução e agiu, não remoeu os acontecimentos passados e fora de sua esfera de atuação. Outros problemas se derivaram da catástrofe, e Alpha vislumbrou nisso a oportunidade surgida de um acontecimento ruim para buscar algo bom, ela resolver viajar, conhecer mais um pouco do mundo e juntar um dinheiro para reconstruir o café. Vemos que a aceitação da transitoriedade e efemeridade das coisas não está relacionada ao deixar de agir, mas pelo contrário, está em aceitar as coisas pelas quais não podemos fazer nada a respeito e fazer o que está no nosso alcance. Não é falar de estagnação, mas de uma ação serena.

E falando sobre serenidade. Penso que o aspecto que chama mais a atenção na obra é a quietude dela, e isso está exposto até mesmo no seu título. A extrema calmaria, nada é feito de maneira apressada e isso permite admirar e prestar atenção nos detalhes de forma muito mais completa. Não vou dizer que desgosto, muito pelo contrário, mas em obras de ação frenética e repletas de coisas acontecendo ao mesmo tempo, é um fato que conseguimos captar muito menos coisas e de maneira muito mais superficial.

Assim sendo, Yokohama Kaidashi Kizou possui até mesmo um aspecto terapêutico e relaxante. É realmente muito bom ver uma obra dispor de tantos minutos apenas para a preparação de um café. Desde a torragem dos grãos, da moedura, da coagem e por fim até o aromático líquido escuro ser servido em uma xícara. E mesmo na xícara, não há pressa na degustação, uma colher de açúcar é colocada e contada por vez, sem pressa alguma, tudo no seu próprio ritmo. Penso ser impossível se sentir mal depois de se assistir isso.

Tristemente, muita gente desgosta dessa calmaria excessiva de Yokohama Kaidashi Kizou, principalmente com afirmações de que “nada acontece”, “tudo parado”, “ritmo lento”. Entendo que muitas pessoas não suportam obras mais calmas e com uma própria noção de tempo bastante particular. O que é uma pena, pois estão perdendo de ter uma experiência estética muito prazerosa.

Mas é justamente na “ausência” que a obra brilha, é no espaço vazio entre uma ação e outra. E falando em espaço vazio, temos outro conceito japonês, o ma, também chamado de “espaço negativo”, que á conjuntura entre o espaço/tempo, ou a distância entre uma ação e outra. E prestar atenção nesse espaço vazio é contemplar a beleza dele. Isso me faz lembrar do capítulo 11 do Tao Te Ching, o livro mais importante do taoismo:

“Trinta raios convergem para o meio de uma roda, Mas é o buraco em que vai entrar o eixo que a torna útil. Molda-se o barro para fazer um vaso; É o espaço dentro dele que o torna útil. Fazem-se portas e janelas para um quarto; São os buracos que o tornam útil. Por isso, a vantagem do que está lá assenta exclusivamente na utilidade do que lá não está.”

Ou seja, o melhor de Yokohama Kaidashi Kizou reside precisamente na ausência. É uma obra contemplativa das melhores possíveis. Este aspecto imersivo nos faz prestar atenção nos mínimos detalhes. Tem um episódio onde Alpha chora diversas vezes, cada vez que ela chora é por um motivo diferente, como: vergonha, solidão ou felicidade. Prestar atenção em cada tipo de choro e como ele veio à tona. Ou ainda, como é o foco do primeiro episódio, tirar a foto perfeita, mesmo tendo a possibilidade de tirar milhares de fotos, Alpha não quer desperdiçar nenhuma, ela busca a maior perfeição possível, mas percebe que é na simplicidade que essa perfeição reside. E é isso que penso ser o que esta obra verdadeiramente representa.

Me disseram que o mangá é ainda melhor, não duvido, estou ansioso para lê-lo. Eu ainda gostaria de tratar de muitos outros aspectos técnicos da obra, e sério, ainda teria muito mais coisas para escrever, é incrível como uma obra tão curta oferece tanto material bacana. Além de questões filosóficas, ainda poderia falar da trilha sonora, de ambas as séries, que são maravilhosas e casam perfeitamente com a imagem relaxante da obra. Contudo, o texto já está bastante grande e não quero alongá-lo muito mais. 

Para mim, Yokohama Kaidashi Kizou ganha nota máxima nos meus critérios de avaliação. Tem alguns pontos controversos, como a inclusão na segunda série de OVAs, de vários personagens que mal são abordados. Para mim, isso não é um grande problema, parece que o mais provável é que houvesse alguma ideia ou possibilidade de uma continuação, o que acabou não se concretizando, muito infelizmente. E como é uma obra extremamente episódica, um ou outro personagem que surgiu só para dar as caras não é um problema e não diminui em nada a fruição desta obra de arte. Por isso, eu recomento muito que assistam Yokohama Kaidashi Kizou, tanto os dois OVAs dos anos 90, como também os dois OVAs dos anos 2000. Espero ainda, que gostem de Yokohama Kaidashi Kizou assim como eu gostei, um desejo egoísta, sim, mas que não posso deixar de expressar.

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