Desta vez vou escrever um pouco sobre um mangá não muito conhecido de um autor bastante aclamado nos últimos anos, Ressentment, de Kengo Hanazawa.
Esse mangaká é mais conhecido pelo seu mangá sobre zumbis I am a Hero, que ganhou um live-action e vai ser publicado no Brasil pela Panini. Nos últimos anos, quando se fala de zumbi, impossível não lembrar desse cara. Contudo, Ressentment não é sobre zumbis, ou é? Talvez outra formar de ser zumbi. Esse mangá segue a vida de Takuro Sakamoto, um desastre social, gordo, feio, careca, baixa auto-estima, com um emprego medíocre e que nunca conseguiu uma namorada, e por isso, acaba adentrando em um jogo de realidade virtual em busca do afeto feminino que nunca teve. Surpreendentemente, esse mangá de 2003 se mantém muito atual em sua temática, visto que este tipo de situação, de homens largarem a busca por mulheres reais em favor de personagens de anime, se mantém forte até hoje, sobretudo no Japão.
Ressentment foi publicado mensalmente na Big Comic Spirits, famosa revista responsável por grandes títulos, como Oyasumi Punpun, 20th Century Boys, Uzumaki, Homunculus, e o próprio I am a Hero, do mesmo autor. O mangá foi dividido em 4 volumes, rendendo 49 capítulos, lançados de 15 de dezembro de 2003 até 21 de fevereiro de 2005. Ressentment é uma mistura de ficção científica, uma boa dose de humor negro, drama e ecchi, sim ecchi, mas nada apelativo, e que faz muito sentido na obra, se levar em consideração que é sobre simuladores de relacionamento virtuais, e parte desse relacionamento envolve sexo. Ressentment é bastante diversificado quanto aos temas que aborda, apresentando várias facetas da mesma problemática.
Apresentando mais a fundo Ressentment, a história do mangá começou a ser escrita em 2003 e se passa em 2015. Isso é muito interessante, pois já atravessamos 2015 né? E ainda não temos realidades virtuais tão complexas como neste mangá, mas já estamos chegando lá. Não seria muita audácia afirmar que Ressentment criou um cenário muito fiel em relação ao futuro próximo, já que a ficção científica é um forma de tentarmos antecipar tecnologias e eventos do futuro, se bem que não é todo autor que consegue criar um grau de precisão tão afinado como Kengo Hanazawa em Ressentment. A ideia não é prever o futuro em cada detalhes, mas captar o “espírito” da época, e nisso esse mangá foi bastante eficiente.
No ano de 2015, Takuro, o nosso protagonista, gordo, careca, beirando os trinta anos, mora com os pais e sem interações sociais, já se resignou com o seu emprego banal em uma indústria de papel, sem nenhuma perspectiva de desenvolvimento social e profissional. O seu único divertimento é juntar suas economias anuais e ir num bordel, para ter pelo menos algum contato com uma mulher. A vida de Takuro dá uma virada quando, em contato com seu amigo de infância, Echigo, ele descobre os prazeres dos jogos de realidade virtual. Echigo é como Takuro, feio, desempregado e sem relações humanas reais, a única diferença é que ele, como um otaku profissional, descobriu as maravilhas desse universo para os solitários e excluídos antes de Takuro.
É justamente com Echigo que Takuro descobre a existência de um determinado jogo de realidade virtual, onde qualquer um pode ter uma chance de possuir um relacionamento com um garota, não algo mecânico e sem sentimento como uma noite com uma prostituta, mas uma companhia que lhe ame e lhe dê atenção, o que mais Takuro sente falta. Além disso, o jogo é capaz de lhe dar uma nova aparência, enfim, você é capaz de se tornar uma nova pessoa. Dessa forma, Takuro passa a compartilhar a visão de vida de Echigo, a qual se resume em afirmar que o mundo virtual é muito melhor que a vida real, pois não há bullyng, desemprego, dificuldades em arranjar namoradas, e todos os outros desafios sociais. No mundo virtual você pode ser quem você quiser, e o amor está a um clique de distância. Echigo, no mundo virtual, é um proeminente jogador, que além de bonito, possui um harém só para ele. Não preciso dizer que essa perspectiva de felicidade fácil impressionou Takuro, o que fez desistir das garotas reais para sempre.
O ressentimento do título, penso eu, traduz o sentimento de Takuro ao sucumbir totalmente ao mundo virtual, perdendo todas as esperanças de ter um relacionamento humano normal. Com esse pensamento de que as garotas virtuais são melhores do que as reais, Takuro gasta todas as suas economias em um computador capaz de rodar o jogo de realidade, não esquecendo, também, de comprar um “jogo”, ou melhor, o programa de uma garota. Por um acaso do destino, Takuro pega um game debaixo da prateleira, chamado Tsukiko, gostando da menina da capa, Takuro compra o jogo. E como qualquer outro jogo, Takuro não entra no mundo virtual com sua aparência decadente, mas sim como um jovem colegial moderadamente apresentável.
Takuro encontra Tsukiko em uma ilha deserta, onde há apenas uma cabana. Contudo, nem tudo é como o esperado, já que Tsukiko não se apaixona automaticamente por Takuro, o que é considerado um bug do sistema, uma vez que nestes jogos as personagens femininas tendem a realizar todos os desejos de seus donos pervertidos. É bem isso, nem no mundo virtual Takuro tem sorte. A vida de Takuro começa a complicar quando ele tenta descobrir mais sobre Tsukiko e o motivo dela ter uma vontade própria. Consultando seu amigo Echigo e outros especialistas, Takuro chega na conclusão que Tsukiko é um programa de computador “primordial” chamado Moon, uma espécie de divindade digital que deu origem a todas as outras, e que possui grandes poderes, mesmo que não lembre de nada disso.
Mas isso não é tudo, enquanto Takuro se aventura cada vez mais no mundo virtual, inesperadamente começa a atrair a atenção de uma colega de trabalho, Nagao, a qual aparentemente está desesperada por estar ficando uma solteirona e ainda não ter conseguido um marido, não pela sua aparência, que não é nada mal, mas por sua personalidade difícil. Ela primeiramente o esnoba, mas com o passar do tempo acaba nutrindo outros sentimentos por Takuro. Nem é preciso dizer a cama de gato que Takuro se mete, tendo que decidir entre a namorada virtual e a real, e que despertar o ciúmes nelas é muito arriscado, e este é justamente o clímax do mangá. Nota-se que essa escolha além de decidir o futuro de Takuro, pode significar a continuidade da vida na Terra, já que ele se mete em conspirações além de seus meros interesses mundanos.
Ressentment vai muito além de uma simples história de relacionamento, embora esse seja o foco principal da obra. Há ainda no mangá uma complexa subtrama que envolve a própria existência humana e virtual. No mundo criado pelo autor, todos os jogos de realidade virtual convivem no mesmo mundo, dividido por regiões, como o país da fantasia, onde moram os jogadores e NPCs dos jogos de RPG, há ainda o domínio dos jogos de tiro e o mais importante para trama, a região dos simuladores de encontros. Esse mundo virtual já passou e passa por uma série de conflitos e guerras, sendo Echigo, o melhor amigo de Takeru, uma celebridade virtual, por ter lutado na última guerra mundial do mundo dos games. Inclusive, importante para o enredo é um movimento terrorista que procura capturar Tsukiko/Moon e manipulá-la para seus objetivos escusos.
Todo esse background conspiratório é bastante importante para o enredo, mas não é o principal, o principal é relação perturbada de Takuro com ele mesmo e com as pessoas ao seu redor, notadamente Tsukiko e sua namorada no mundo real, e isso retrata um sério problema japonês, já que embora ficção, Ressentment acertou na ferida da sociedade japonesa. Um grande número de jovens japoneses acham que construir um relacionamento sério é muito trabalhoso e não vale mais a pena, e está cada vez mais difícil achar uma parceira decente. Além disso afirmam que não querem abrir mão de seus passatempos “otakus” para se dedicarem a um namoro, quando a própria indústria dos jogos e animes já providencia um simulacro de companhia feminina de fácil acesso.
Além disso, esses japoneses gastam muito tempo se suas vidas vivendo em mundos virtuais e se contentando meramente com companhias virtuais, como personagens de vídeo game e animes, em vez de procurarem relações afetivas reais. Segundo eles, uma namorada virtual é muito melhor que uma de carne e osso, pois uma personagem não reclama, não cheira mal, é sempre romântica, etc… Essa situação traz sérias preocupações sociais no Japão, já que menos relacionamentos significam uma menor taxa de natalidade, o que é um sério problema do arquipélago nipônico, que está ficando velho e não há jovens para substituí-los. A falta de ambição profissional também é outro aspecto destes homens, os quais também são conhecidos como homens herbívoros.
Esse é outro problema alarmante para a economia do país, que tende a definhar pouco a pouco diante da falta de competição, já que essa juventude se contenta com qualquer emprego que dê conta para pagar suas poucas despesas com seus passatempos otakus. Esse mesmo problema reflete na falta de mão de obra japonesa, que ficará mais escassa e sem pessoas realmente capacitadas. Esse movimento começou após a crise e consequentemente estagnação econômica do Japão nas décadas de 80 e 90. Muitos desses japoneses cresceram sozinhos, somente com contato com jogos, sem irmãos e sem a interação com os pais, já que estes estavam preocupados demais com a instabilidade financeira. Isso gerou uma mentalidade de que seria inútil lutar tanto para conseguir tão pouco, já que muitos destes pais que se sacrificaram em favor de uma vida de trabalho não melhoraram significativamente de vida.
O mangá Ressentment é de 2003 e sua história se passa em 2015, mas antecipou acontecimentos que mais parecem serem retirados diretamente da ficção científica. Embora ainda não possuímos um jogo tão bem elaborado como os simuladores de relacionamento de Ressentment, a título de exemplo, em 2017 um homem se casou com uma personagem virtual, inclusive com cerimônia e toda pompa e circunstância em uma capela real, onde são realizados casamentos de verdade (http://www.alternativa.co.jp/Noticia/View/70636/Realidade-virtual-ajuda-homem-a-se-casar-com-personagem-de-anime-em-Toquio). Eu poderia ficar horas descrevendo somente alguns exemplos de games simuladores de relacionamento.
Takuro entra numa situação muito complicada, o mangá não tem freios em mostrar como ele se mostra um sacana com a Tsukiko, mesmo que supostamente a ame, ele tenta forçar ela a fazer sexo com ele algumas vezes, sendo não raro violento, embora não faça nada na prática. Ao longo do mangá ele arma uma intricada armação para despertar a paixão em Tsukiko baseado em uma mentira muito bem elaborada. Depois de um quase infindável esforço, ele finalmente consegue tirar uma casquinha de Tsukiko, iniciando um arco que mais parece um hentai, já quele eles fazem muito sexo, quando eu digo muito, é muito mesmo! Eles vivenciam todo tipo de fantasia e perversão, Takuro até bebe saquê diretamente da vagina de Tsukiko!
O irônico dessa situação vivida por Takuro é que depois de se esforçar tanto no mundo virtual para ficar com Tsukiko, Takuro consegue um relacionamento real relativamente fácil, inclusive com direito a sexo real com uma pessoa real e com intenções de contrair um relacionamento sério! Esse é basicamente o dilema em que entra Takuro, escolher entre uma ilusão ou a realidade, sendo que o maior problema é que essa “ilusão” é de certa forma um ser vivo senciente, já que Tsukiko possui emoções e sentimentos sinceros. Para se ter uma ideia da alienação de Takuro, o irreal é tão perfeito e sedutor no mundo de Ressentment que Takuro utiliza até uma roupa que permite fazer sexo com a personagem, via estimulação.
Tudo isso faz parecer que Ressentment é um mangá sempre sério, mas não chega a isso. Embora ele possua seu arcabouço dramático realista e pungente, há bastante humor, só que um humor ácido e cruel, pois chega a ser doloroso ver as trapalhadas que Takuro vive apenas por ser um desajustado social. Mas o protagonista não é o único elemento humorístico de Ressentment, pois o mangá, vez ou outra, insere um elemento engraçado aqui e acolá. Ressentment apresenta até mesmo um cenário alternativo onde a Hillary Clinton é a presidente dos Estados Unidos, e seu conselho de guerra é formado por nerds. Em resumo, poderia definir Ressentment como uma mistura de seriedade e humor negro, formando uma combinação agridoce, que é mais azeda por cutucar um problema tão presente na sociedade moderna.
Em suma, Ressentment é uma obra sobre escapismo, alienação e problemas gerados pela tecnologia. Contudo, o problema não é a tecnologia em si, não há problemas em jogar jogos virtuais que simulam uma realidade diversa, assim como os diversos MMOs existentes, além de outros jogos, como The Sims e diversos RPGs. O problema reside justamente quando a diversão proporcionada pelo entretenimento eletrônico serve como escapismo para a nossa realidade. Bom, tirar um outro momento para escapar dos dissabores da sociedade moderna também não é ruim, mas quando isso vira um vício no qual o viciado depende disso para conseguir sobreviver, temos um sério problema. Esse é o caso de Echigo, ou Reinhardt se formos levar em conta o nome de seu personagem no jogo. Ele é o extremo do abandono de uma vida real em detrimento do virtual, nem Takuro chegou nesse nível de total abnegação.
Do outro lado da balança está Nagao, a pretensa namorada de Takuro. Ela não possui o menor interesse no “irreal”, extremamente realista e pé no chão, só entrando no mundo virtual para buscar Takuro, nada mais. Mas não pensem que sua vida é boa, ela também leva uma existência medíocre. O autor mostra com habilidade de que não basta levar a vida a sério para as coisas darem sempre certo, e abandonar os vícios não é garantia de uma “volta por cima”. Por isso, caso Echigo e Takuro se esforçassem para se integrarem à sociedade não exatamente teriam um desfecho feliz. Assim, o vício é ruim, mas nem sempre não ser viciado lhe garante algo melhor. Talvez esse seja um dos fatores mais poderosos que ajudam a manter o cenário preocupante no Japão.
Vou adentrar em alguns aspectos do final do mangá, então haverá certos spoilerspontuais. O final é sem sombra de dúvidas um dos aspectos mais polêmicos de Ressentment, justamente pelo fato de que ele não é feliz, é triste, muito triste. Takuro escolhe Tsukiko em detrimento de Nagao, essa foi uma escolha acertada? Para Takuro não. Poderia se pensar que por causa da escolha dele o mundo seria salvo, mas não é bem assim, Takuro é um tanto inútil no desenlace conspiratório final. Pelo menos ele ficou com Tsukiko? Também não, na verdade não ficou com ninguém. A única coisa nova foi o fato de que para a Tsukiko sobreviver, a informação dela deveria ser convertida em DNA e ser gerada por uma mãe humana, e Nagao acaba oferecendo sua barriga para salvar Tsukiko, mesmo com sua antiga rivalidade.
O tempo passa, Takuro continua feio, gordo, solitário e fracassado. As únicas coisas que mudaram em sua vida foi ter ficado mais velho e ter herdado o negócio decadente de venda de marmita de seus pais. Nagao também se deu mal, mãe solteira, uma série de relacionamentos fracassados e claro desapontamento com a vida. E a Tsukiko? Ela já alcançou a idade que tinha quando era programa de computador. O único consolo para Takuro foi poder ver a Tsukiko crescida, apenas isso. Para muitos esse final foi anti-climático, contudo, demonstra com precisão que escolher um escape ao invés da realidade é sempre um erro, mesmo que a vida nem sempre seja boa. Caso contrário, Takuro poderia ter ficado com Nagao e as coisas poderiam ser diferentes, ou nem tanto, quem sabe o que aconteceria? O autor foi feliz em mostrar a transitoriedade da vida, mas também que devemos lutar por ela e não fugir, independentemente dos resultados. Viver é preciso.
Mas vou falar um pouquinho também do final do plano de fundo do mangá, a conspiração para destruir o mundo. Foi uma plot twist ter transformado o vilão principal em um macaco preso em uma jaula preste a sofrer eutanásia. Curioso como um plano de destruir o mundo parece banal e clichê ao longo de quase todo o enredo, até que no final tudo faça sentido (tirando o fato de haver um macaco viciado em games), uma vez que é natural o sentido de ressentimento do macaco em relação aos humanos que o prenderam e iriam matá-lo. Esse é mais um aspecto do ressentimento, fazendo jus ao título deste curioso mangá. Ainda sobre esse tema, o exército de sósias criados pelo macaco mostra que na internet todo mundo é/pode ser apenas mais um número, sem possuir identidade própria, obedecendo um comando se nem bem ter ciência do que está fazendo, assim como vermos centenas de alienados na internet fazendo o mesmo.
Encerro os spoilerspor aqui. Me resta falar dos aspectos visuais de Ressentment. Esse é o trabalho de estreia de Hanazawa Kengo, e é totalmente diferente do que se vê em seu mangá mais famoso, I Am a Hero, o qual mostra um character design sério e realista. Ressentment possui uma arte satírica e um pouco deformada na proporção dos personagens, os quais possuem uma cabeça ligeiramente maior em relação ao corpo, em alguns casos pelo menos. Esse tipo de arte faz sentido em um mangá que tenta troçar de um assunto tão sério. Mesmo assim, não é por causa do design dos personagens que a obra perde sua força, muito pelo contrário, ela só ganha em singularidade e distinção em relação a outros mangás. O destaque do traço de Hanazawa Kengo fica mesmo para o Takuro, o qual foi muito bem representado, com uma riqueza de detalhes fenomenal.
Ressentment aborda um tema que já foi muito trabalhado no universo dos animes e mangás, o relacionamento com o virtual, nesse sentido, como não lembrar de obras como Chobits, Welcome to NHK, entre outras. Mas o que Ressentment tem de diferente? Uma história crua e visceral desde o início. Takuro começa como perdedor e termina como perdedor, ele não foi redimido, mas não foi culpa do enredo, foi sua própria culpa ao esnobar e preferir um relacionamento com um programa de computador cheio de exigências do que um amor real que aceitava quem ele era. Assim, ele cavou sua própria cova. Mas do que engraçado, é um mangá pesado e cruel, que mostra a realidade nua e crua como ela, sem floreios românticos.
O mais surpreendente é que Ressentment de certa forma previu com precisão o atual cenário que já vinha se construindo ao longo das décadas. 2015 já passou, a tecnologia de Ressentment ainda não existe, ma estamos quase lá. Será que o Japão superará mais essa crise? Um país que se ergueu após a destruição da 2ª Guerra Mundial praticamente dos escombros sucumbirá por uma crise social? Realmente não sei, só sei que este mangá é uma boa coisa para nos fazer pensar sobre isso e outras coisas, e portanto, merece uma atenção. Tirando todo o conteúdo pesado e filosófico, é um mangá divertido e bem humorado, com certa dose de ação, perfeito para agradar os leitores mais exigentes. Fica aqui minha recomendação.